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Desastre do óleo impacta além do meio ambiente

As manchas de óleo continuam aparecendo em Pernambuco e, apesar do esforço do governo e de muitos voluntários para mantê-las distante das praias, essa tarefa tem sido difícil. Para quem não abre mão da caminhada na orla ou mesmo de um mergulho, algumas recomendações são necessárias a fim de evitar prejuízos à saúde.


A composição do petróleo e dos derivados que se misturam à água do mar e à areia tem trazido reflexos à saúde, com o maior número de casos por intoxicação. As recomendações focam acima de tudo no contato físico com o óleo, que deve ser evitado, com o uso de equipamentos de proteção como luvas e máscaras, principalmente, para os voluntários na limpeza das praias. Aspirar o odor do petróleo é uma das primeiras situações que pode provocar problemas de saúde como irritações, asma, tosses e até mesmo desencadear crises de bronquite. “As doenças alérgicas respiratórias podem ser desencadeadas quando a pessoa inala o cheiro do petróleo. O óleo costuma esquentar com a intensidade do sol, o que contribui para exalar parte dos seus componentes químicos”, afirma a médica Paloma Solano, especializada em clínica médica e que atende pelo sistema de saúde de Pernambuco. Outros problemas também foram observados, como a irritação dos olhos, comprovando que os riscos podem ir além do contato físico, atingindo pessoas em níveis distintos, conforme seu grau de sensibilidade.


A quantidade de químicos dispersos na água do mar ainda não foi oficialmente mensurada, mas estima-se que mais de mil toneladas do produto foram recolhidas das praias do nordeste até agora e, parte desse volume está disperso nas águas, podendo ser absorvido pelo organismo dos banhistas. O fato pode ocasionar ainda outros problemas, como os gástricos, através do consumo dos animais marinhos, alerta a médica, pode resultar em diarreias e intoxicações alimentares. Ela já constatou o aumento no número de casos atendidos por reflexos do contato com o óleo nos postos de saúde e em seu consultório e teme desdobramentos futuros a essas pessoas. “O petróleo é uma complexa mistura de substâncias como o benzeno, e os estudos sobre os efeitos dele na saúde humana resultam, sobretudo, de análises em categorias de trabalhadores expostas à essa substância, e os resultados indicam que o contato pode resultar também em casos mais graves como o câncer”, alerta a médica Paloma Solano.


Temperatura do óleo pode causar queimaduras


Além disso, o contato direto do óleo na pele é outra preocupação. A médica já atendeu em Recife casos de queimaduras em banhistas. “Acontece que as pessoas não se atentam para a temperatura que o óleo pode chegar. Como o sol é intenso e o óleo tem aditivos químicos, fica extremamente aquecido e pode provocar queimaduras na pele”, ressalta Paloma Solano. O alerta é para que as pessoas não toquem no material, ou em caso de banhos nas praias, observem se não existem manchas flutuantes. As doenças da pele também exigem atenção já que os componentes químicos se misturam à água e areia e podem causar dermatite de contato, alergias e obstrução dos poros.


Origem das manchas ainda é desconhecida

O óleo atinge a costa nordestina desde o final do mês de agosto e apesar do esforço para contenção das manchas, isso não têm evitado que o produto chegue às praias. Em Pernambuco, ao menos 10 cidades já foram atingidas. Algumas localidades foram inclusive isoladas para evitar que pessoas tenham contato com o material. A origem das manchas de óleo ainda é oficialmente desconhecida.


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